Aline Costa
INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA E CRÔNICA: SAIBA A DIFERENÇA E O TIPO DE TRATAMENTO:

Os rins são órgãos extremamente ativos e resistentes, porém quando falham, as consequências são devastadoras ( visto sua importância no post anterior). Até que pelo menos 25% da função dos rins diminuam, nenhum problema perceptível se manifesta. INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA É uma síndrome, caracterizada pelo declínio rápido e repentino ( dentro de 48h) da função renal, com acúmulos de metabólitos, toxinas e medicamentos no sangue. Também há alterações nas funções extrínsecas dos rins. Pode ocorrer anúria ( ausência de urina), mas também volume urinário elevado. A redução da TFG ( taxa de filtração glomerular) pode ocorrer por períodos curto ou até necessidade de terapia dialitica prolongada. A IRA é uma condição frequente de pacientes hospitalizados, daqueles graves. Estima Estima-se que de 10 a 30% dos pacientes em terapia intensiva desenvolvam a IRA. Apesar dos avanços a tratamento, a taxa de mortalidade ainda é elevada. A IRA pode ocorrer em rins previamente saudáveis, em decorrência de uma enfermidade de base. Em princípio é reversível. Na IRA, há desequilíbrio hidroeletrolitico e acúmulo de produtos do catabolismo protéico, como ureia e creatinina. O declínio súbito da função renal coloca o indivíduo em perigo de vida, pois não há tempo para adaptações. Logo o funcionamento de diversos órgãos é prejudicado. Os sinais e sintomas são variados, incluem anorexia e as manifestações gastrointestinais ( náuseas e vômitos) e neurológicas ( letargia e convulsões). O sangramento gastrointestinal é um achado comum devido a disfunção plaquetária urêmica e alterações na mucosa. E leva a anemia. A classificação da IRA considera o grau de aumento da creatinina e/ou duração da oligúria ( produção de urina abaixo do normal), incluindo a necessidade de terapia dialitica. A DOENÇA RENAL CRÔNICA caracteriza-se pela perda lenta, progressiva da função dos rins. Embora a maioria seja irreversível, alguns casos de DRC podem ser reversível espontaneamente ou após tratamento. É definida como anormalidades na estrutura ou função dos rins, presente por tempo maior que 3 meses, com implicações para a saúde. Essas anormalidades são manifestadas por mudanças patológicas, incluindo alterações na composição do sangue, da urina ou nos testes de imagem.Os fatores de risco para o desenvolvimento da DRC são: diabetes mellitus, hipertensão arterial, tabagismo, doenças renais proteinuricas, dislipidemias, obesidade e condição inflamatória crônica. diabetes é atualmente a principal causa de DRC em países desenvolvidos. A caracterização renal diabética é baseada em parte no achado de excreção urinária elevada de albumina e no aumento da pressão arterial.Os pacientes com DRC apresentam perda TFG (taxa filtração glomerular) durante meses ou anos. Na maioria dos casos, a progressão da doença continua e eventualmente chega à categoria G5. Com o envelhecimento algum grau de diminuição da função renal é normal. Por isso as categorias G1 e G2 podem ser encontradas em indivíduos saudáveis com mais de 60 anos, sem proteinúria. Por outro lado, um jovem de 35 anos pode estar na categoria G1, mas apresentar proteinúria moderada. Esse indivíduo tem mais chance de evoluir na DRC. À medida que o dano renal progride, o corpo se torna incapaz de excretar água, ácidos, sódio e outros produtos (resíduos) do metabolismo. Com isso o organismo não consegue manter a homeostase. Neste caso as diretrizes sugerem que a diálise seja iniciada quando um ou mais fatores estejam presentes: sinais e sintomas atribuíveis à insuficiência renal, incapacidade de controlar a condição do volume ou PA, deteriorização do estado nutricional, sem resposta a intervenção nutricional. O tipo de alimentação ofertados depende muito do estágio (1-5), mas se faz necessário controlar a ingestão de sal, alimentos ricos em fósforo potássio e proteínas (aqui já na fase crônica), e nos casos mais graves controlar a ingestão de líquidos como água, ou seja, manter uma alimentação mais natural e equilibrada possível, se torna fundamental.